Encontro com Lygia

"A palavra é uma ponte através da qual eu tento conseguir o amor do próximo. Eu sempre digo que mais importante do que a compreensão é o amor. Eu prefiro mais ser amada do que compreendida. A compreensão é muito difícil".

Lygia Fagundes Telles

Tive a honra de conhecer pessoalmente essa escritora fatástica, na última quinta-feira, na Balada Literária, em São Paulo, um evento maravilhoso organizado pelo escritor Marcelino Freire. Até papeamos um pouquinho, antes que ela autografasse o meu Caderno de Literatura Brasileira, do Instituto Moreira Salles, onde é uma das homenageadas. Falamos sobre gatos, adaptação de suas obras para a TV, sobre os seus poetas e músicos favoritos e brincamos de saírmos sérios na foto, para acatar a uma sugestão da escritora e sua amiga Clarice Lispector: "Clarice uma vez me disse (imitando a língua presa de Clarice): Lygia, não sorria nas fotos!, as escritoras precisam ser levadas a sério". Mas, durante todo o momento, Lygia deixou escapar esse sorriso lindo, terno, do qual nunca vou me esquecer. Muitos jovens estiveram lá para receber o seu amor. Um dia muito especial!

Malas

“Acho que as pessoas são como as malas. Vivem atulhadas de certas coisas. Põem-se a andar, jogam-nas dum lado para outro, erguem-nas no ar, tombam-nas com violência. Perdem-se hoje para serem encontradas de novo amanhã”.

Katherine Mansfield, em tradução de Érico Veríssimo

Lê Pra Mim

fotos: AgNews

Reynaldo Gianecchini participou do projeto “Lê Pra Mim”, no Forte de Copacabana, no Rio, no último sábado. Ele leu histórias infantis para uma turma animada de crianças, que o aguardava ansiosamente. Desnecessário dizer que as mães dos pimpolhos também adoraram a ideia. Uma ótima iniciativa e que deveria ser seguida também por outros artistas. Proponho até que alguns deles deixem um pouco o Twitter e passem a frequentar escolas, hospitais e asilos e dediquem um pouco do seu tempo a incentivar à leitura. Não custa nada e faz um bem danado. Parabéns, Giane!